A NOAA (National Oceanic & Atmospheric Administration) Ă© um organismo estatal dos EUA sob a dependĂȘncia do Departamento de ComĂ©rcio dos ...
A NOAA (National Oceanic & Atmospheric Administration) Ă© um organismo estatal dos EUA sob a dependĂȘncia do Departamento de ComĂ©rcio dos Estados Unidos e cujas atividades centram-se na monitorização dos oceanos e da atmosfera.
O Centro de AplicaçÔes e Investigação por SatĂ©lite (STAR) Ă© o braço cientĂfico do Serviço Nacional de Informação SatĂ©lite e Dados Ambientais (NESDIS) que gere os satĂ©lites ambientais para a NOAA.
A SaĂșde da Vegetação (Vegetation Health) Ă© um sistema NOAA/NEDIS que estima o estado de saĂșde da vegetação, a condição de humidade, a condição tĂ©rmica e produtos de anĂĄlise derivados.
O VHI (Vegetation Health Indices) é obtido a partir da radiùncia observada pelo sensor AVHRR instalado nos satélites (NOAA-7, 9, 11, 14, 16, 18 e 19 e VIIRS).
Os produtos VH da AVHRR foram produzidos a partir do conjunto de dados da cobertura de ĂĄrea global (GAC) da NOAA / NESDIS para o perĂodo de 1981 atĂ© ao presente. Os dados e imagens tĂȘm 4 km de resolução espacial e 7 dias de resolução temporal.
Os produtos VH da VIIRS também foram processados de 2012 até ao presente (resolução de 1km, composto de 7 dias).
Os produtos VH podem ser utilizados como dados aproximados para a monitoração do estado da vegetação, da seca, da saturação do solo, da humidade e das condiçÔes tĂ©rmicas, do risco de incĂȘndio, estado fenolĂłgico, fração de vegetação, inĂcio/final do crescimento vegetativo, desertificação, espĂ©cies invasoras, recursos ecolĂłgicos, degradação da terra, etc..
Seguidamente apresenta-se o Ăndice de Condição de Vegetação (VCI - Vegetation Condition Index) para o Alto Minho.
O VCI Ă© obtido a partir de radiaçÔes calibradas prĂ© e pĂłs-lançamento convertidas para o Ăndice de Vegetação com Diferença Normalizada sem ruĂdo (NDVI = (NIR-VIS) / (NIR + VIS)).
O VCI expressa-se como anomalia do NDVI relativa Ă climatologia de 25 anos, estimada com base nas leis biofĂsicas e ecossistĂ©micas (lei do mĂnimo, lei de tolerĂąncia e capacidade de carga). Este Ăndice Ă© uma aproximação para a condição de humidade.
Ao observarmos os dados referentes ao VCI, ao estado de stresss e de saĂșde da vegetação (Stressed and Healthy Vegetation) e ao estado de stress da humidade (Moisture Stress) para a mesma data nos Ășltimos 3 anos (2015, 2016 e 2017), verificamos um estado de agravamento em todos os Ăndices no territĂłrio do Alto Minho. Ă notĂĄvel um agravamento generalizado no territĂłrio, com exceção da zona litoral que abrange os concelhos de Caminha e de Viana do Castelo. Os concelhos que apresentam maiores situaçÔes de stress sĂŁo nitidamente os situados no interior. Ao nĂvel do produto Moisture Stress, o concelho de Ponte da Barca nĂŁo parece sofrer perdas de humidade na vegetação, o mesmo nĂŁo ocorre com os concelhos confinantes de Arcos de Valdevez e de Ponte de Lima que apresentam vastas ĂĄreas em situaçÔes de elevado stress. Destaca-se igualmente o concelho de Paredes de Coura com um agravamento histĂłrico de stress vegetativo em todos os produtos do VHI.
A reduzida pluviometria do inverno 2016/2017 que finda no próximo dia 20 de Março, o qual segundo o IPMA classificou-se normal em relação à temperatura e seco quanto à quantidade de precipitação, poderå estar por detrås deste agravamento.
Consequentemente, o territĂłrio tem que estar preparado para o aumento antecipado do nĂșmero de incĂȘndios florestais caso a Primavera 2017 registe a tendĂȘncia da estação antecedente. O nĂșmero de ocorrĂȘncias dos Ășltimos dias nĂŁo Ă© algo que nos surpreenda tendo em conta os dados observados em relação ao VHI, Ă meteorologia e ao uso tradicional do fogo.
Igualmente, como se pode observar nas fotos acima, regista-se uma mudança no comportamento do fogo manifestado durante as açÔes de queima prescrita realizadas nas Ășltimas semanas (fevereiro atĂ© Ă presente data), onde os combustĂveis florestais apresentam-se muito suscetĂveis ao fogo e as colunas de fumo (3) comprovam importantes perdas de humidade, quando comparados com anos anteriores. Especial destaque vai para o giestal (1) e silvado (2) que arde intensamente como se estivesse a arder em alto verĂŁo.
Como se pode verificar pela localização das ocorrĂȘncias que deram origem a incĂȘndios florestais neste inverno 2016/2017, a larga maioria concentra-se nas zonas identificadas com Ăndices mais elevados de stress vegetativo em todos os produtos VHI elaborados pela NOAA STAR.
O seguimento e monitorização do VHI poderĂĄ ser Ăștil na previsĂŁo da Ă©poca de incĂȘndios florestais, obviamente associando a evolução meteorolĂłgica e a concentração de ocorrĂȘncias, com destaque para o Heat Map produzido e publicado pelo ICNF.
O Centro de AplicaçÔes e Investigação por SatĂ©lite (STAR) Ă© o braço cientĂfico do Serviço Nacional de Informação SatĂ©lite e Dados Ambientais (NESDIS) que gere os satĂ©lites ambientais para a NOAA.
A SaĂșde da Vegetação (Vegetation Health) Ă© um sistema NOAA/NEDIS que estima o estado de saĂșde da vegetação, a condição de humidade, a condição tĂ©rmica e produtos de anĂĄlise derivados.
O VHI (Vegetation Health Indices) é obtido a partir da radiùncia observada pelo sensor AVHRR instalado nos satélites (NOAA-7, 9, 11, 14, 16, 18 e 19 e VIIRS).
Os produtos VH da AVHRR foram produzidos a partir do conjunto de dados da cobertura de ĂĄrea global (GAC) da NOAA / NESDIS para o perĂodo de 1981 atĂ© ao presente. Os dados e imagens tĂȘm 4 km de resolução espacial e 7 dias de resolução temporal.
Os produtos VH da VIIRS também foram processados de 2012 até ao presente (resolução de 1km, composto de 7 dias).
Os produtos VH podem ser utilizados como dados aproximados para a monitoração do estado da vegetação, da seca, da saturação do solo, da humidade e das condiçÔes tĂ©rmicas, do risco de incĂȘndio, estado fenolĂłgico, fração de vegetação, inĂcio/final do crescimento vegetativo, desertificação, espĂ©cies invasoras, recursos ecolĂłgicos, degradação da terra, etc..
Seguidamente apresenta-se o Ăndice de Condição de Vegetação (VCI - Vegetation Condition Index) para o Alto Minho.
O VCI Ă© obtido a partir de radiaçÔes calibradas prĂ© e pĂłs-lançamento convertidas para o Ăndice de Vegetação com Diferença Normalizada sem ruĂdo (NDVI = (NIR-VIS) / (NIR + VIS)).
O VCI expressa-se como anomalia do NDVI relativa Ă climatologia de 25 anos, estimada com base nas leis biofĂsicas e ecossistĂ©micas (lei do mĂnimo, lei de tolerĂąncia e capacidade de carga). Este Ăndice Ă© uma aproximação para a condição de humidade.
Dados comparativos dos diversos produtos do VHI para a semana 11 dos anos 2015, 2016 e 2017 |
A reduzida pluviometria do inverno 2016/2017 que finda no próximo dia 20 de Março, o qual segundo o IPMA classificou-se normal em relação à temperatura e seco quanto à quantidade de precipitação, poderå estar por detrås deste agravamento.
Temperatura e precipitação no inverno 2016/17 (perĂodo 1931/32-2016/17). Fonte: IPMA |
1- Queima em Giestal; 2 - Queima em Silvado; 3 - Cor da coluna de fumo numa encosta SW |
OcorrĂȘncias com mais 1 hectare registadas entre o 21 de dezembro de 2016 e 18 de março de 2017 |
O seguimento e monitorização do VHI poderĂĄ ser Ăștil na previsĂŁo da Ă©poca de incĂȘndios florestais, obviamente associando a evolução meteorolĂłgica e a concentração de ocorrĂȘncias, com destaque para o Heat Map produzido e publicado pelo ICNF.
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